segunda-feira, novembro 29, 2004

YBA


Posted by Hello A YBA, acaba de lançar o novo amplificador integrado – Intégré Passion, que é uma versão actualizada do famoso Intégré DT, agora capaz de disponibilizar 100 Watt a 8 Ohm, (170 a 4 Ohm), graças a uma redimensionada fonte de alimentação onde sobressaiem dois novos transformadores (núcleos C) e à utilização de componentes de ainda melhor qualidade.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Manuel Paulo - O Assobio Da Cobra (2004)

Apreciação final: 7/10
O músico e compositor português Manuel Paulo, depois de participações em discos de Rui Veloso, Rio Grande, Cabeças No Ar e Ala dos Namorados, aventura-se no primeiro disco a solo. Em O Assobio Da Cobra, assume a parceria com João Monge, célebre letrista nacional, seu companheiro na Ala dos Namorados, e ambos desenham canções de partilha do mesmo imaginário musical. O mote do trabalho é a mulher, com tudo o que ela representa, os afectos e as relações. Segundo notas dos autores, as composições deste trabalho foram surgindo sem qualquer pretensão comercial, pensadas para determinadas vozes. E os convidados são de eleição, uma lista das melhores vozes a cantar em português: Rui Veloso, Arnaldo Antunes, Sérgio Godinho, Zeca Baleiro, Jorge Palma, Dany Silva, Camané, Manuela Azevedo, Arto Lindsay, Tim e Vitorino, entre outros. Se esta lista não é suficiente para convencer os mais cépticos, acresce o facto de no alinhamento do disco estarem canções de muito bom nível, com um sentido estético apurado, uma composição talentosa e harmonias sonoras que nos transportam da primeira à última faixa. O resultado é pouco menos que brilhante e O Assobio da Cobra revela-se como uma das melhores amostras da música portuguesa deste ano. Apresentado como a banda sonora de um filme por fazer, este disco de Manuel Paulo pode muito bem ser o score musical das nossas vidas. Altamente recomendável, é claro. Veja outros artigos no blog apARTES

100 Discos

Assim, tendo em conta todas estas contingências, se eu fosse para uma ilha deserta (partindo do princípio que lá houvessem tomadas eléctricas e leitores de cds e só pudesse levar 100 discos na bagagem) provavelmente levaria estes:] Air / Moon Safari 1998 Albert Ayler / Live In Greenwich Village 1967 Amália Rodrigues / Com Que Voz 1970 Archie Shepp / Attica Blues 1972 Art Ensemble of Chicago (The) / Les Stances a Sophie 1970 Augustus Pablo / King Tubby Meets Rockers Uptown 1976 Beach Boys (The) / Pet Sounds 1966 Beatles (The) / Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band 1967 Belle & Sebastian / If You're Feeling Sinister 1996 Bill Evans / You Must Believe In Spring 1977 Blur / Blur 1997 Bonnie Prince Billy / I See a Darkness 1999 Brian Eno / Discreet Music 1975 Bud Powell / The Amazing Bud Powell, Vol.1 1949 Can / Future Days 1973 Caravan / In the Land of Grey and Pink 1971 Carole King / Tapestry 1971 Cecil Taylor / Silent Tongues 1974 Charlie Haden / Liberation Music Orchestra 1970 Charlie Mingus / The Black Saint and the Sinner Lady 1963 Chet Baker / The Best of Chet Baker Sings 1959 Chick Corea / Return to Forever 1972 Chico Buarque / Ópera do Malandro 1985 Cinematic Orchestra (The) / Motion 1999 Clash (The) / London Calling 1979 Curtis Mayfield / Curtis 1970 Dave Brubeck / Time Out 1959 David Bowie / The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars 1972 Deep Purple / Made In Japan 1972 Dizzy Gillespie / Afro 1954 Don Cherry / Brown Rice 1975 Duke Ellington, Charlie Mingus & Max Roach / Money Jungle 1962 Durutti Column (The) / The Return of the Durutti Column 1979 Elis Regina / Elis 1977 Eric Dolphy / Out To Lunch! 1964 Faust / Faust IV 1973 Frank Zappa & The Mothers of Invention / We're Only In It for the Money 1968 Gato Barbieri / Latino America 1973 Glenn Gould / Bach: Goldberg Variations 1955 Go-Betweens (The) / The Friends of Rachel Worth 2000 Godspeed You Black Emperor! / Lift Your Skinny Fists Like Antennas to Heaven! 2000 György Ligeti / Kammerkonzert / Ramifications / Lux Aeterna / Atmosphères 1970 Herbert / Bodily Functions 2001 Herbie Hancock / Head Hunters 1973 Horace Silver / Song for My Father 1964 Iggy & The Stooges / Raw Power 1973 Jaco Pastorius / Jaco Pastorius 1976 Jim O'Rourke / Eureka 1999 João Gilberto / The Original Bossa Nova Recordings 1961 John Cale / Paris 1919 1973 John Coltrane / Blue Train 1957 John Coltrane / A Love Supreme 1965 John Fahey / The Dance of Death & Other Plantation Favorites 1964 John Zorn / The Gift 2001 Keith Jarrett / The Köln Concert 1975 King Crimson / In the Court of the Crimson King 1969 Kraftwerk / Trans-Europe Express 1977 Led Zeppelin / Led Zeppelin IV 1971 Lee "Scratch" Perry / Arkology 1997 Leonard Cohen / Songs of Love and Hate 1971 Lou Reed / Transformer 1972 Marvin Gaye / Let's Get It On 1973 Massive Attack / Blue Lines 1991 Mercury Rev / Deserter's Songs 1998 Miles Davis / Kind of Blue 1959 Miles Davis / In A Silent Way 1969 Nick Drake / Pink Moon 1972 Nina Simone / Nina Simone and Piano! 1970 Nirvana / Nevermind 1991 Ornette Coleman / Free Jazz 1960 Pan Sonic / Vakio 1995 Penguin Café Orchestra / Concert Program 1995 Peter Brötzmann Octet (The) / Machine Gun 1968 Pink Floyd / The Piper at the Gates of Dawn 1967 Pixies (The) / Bossanova 1990 Portishead / Roseland NYC Live 1998 Robert Johnson / King of the Delta Blues Singers 1937 Roxy Music / Roxy Music 1972 Sex Pistols / Never Mind the Bollocks Here's the Sex Pistols 1977 Sigur Rós / Ágætis Byrjun 1999 Smashing Pumpkins (The) / Mellon Collie and the Infinite Sadness 1995 Smiths (The) / The Queen Is Dead 1986 Soft Machine (The) / Third 1970 Sonic Youth / Daydream Nation 1988 Sonny Rollins / Saxophone Colossus 1956 Spring Heel Jack / Live 2003 Stan Getz & João Gilberto / Getz/Gilberto 1964 Stereolab / Aluminum Tunes 1998 Steve Reich / Early Works 1987 Stevie Ray Vaughan / Texas Flood 1983 Stevie Wonder / Songs In the Key of Life 1976 Sun Ra / Space Is the Place 1972 Talking Heads / Remain In Light 1980 Thelonious Monk / Straight, No Chaser 1966 Tim Buckley / Happy Sad 1969 Tom Waits / Swordfishtrombones 1983 Tortoise / Millions Now Living Will Never Die 1996 Vandermark 5 / Single Piece Flow 1997 Velvet Underground / The Velvet Underground & Nico 1967 Weather Report / Heavy Weather 1977 Assim escreve, Nuno Catarino no seu A Forma do Jazz

Colaboração

O Somvisual irá em breve contar com um novo colaborador. António Pinto de seu nome, autor do blog apARTES. Desde já o Somvisual não quer deixar de dár as boas-vindas, e esperar que o António Pinto nos brinde com as suas audições.

Destaque da Semana

BW NAUTILUS NEW 800D SERIES: OS DIAMANTES SÃO ETERNOS - PARTE 1 A BW apresentou, no Museu Britânico, em Londres, a linha de colunas topo de gama «New 800 Series», cuja principal inovação reside na utilização nos modelos «D» de «tweeters» de diamante. «Diamonds are a girl's best friends»... Será desta que elas se vão interessar pelo hifi? ..... 24 Nov 2004 (ver texto) HI-FI Clube

sábado, novembro 13, 2004

Teste Mcintosh MA 2275

O teste mais esperado por o Somvisual. MCINTOSH MA 2275: SOM DE OLHOS AZUIS- PARTE 1 A América profunda não é apenas a que votou em Bush. É também a que defende os valores e a tradição cultural em áreas como o áudio onde a única política é a música. Ver mais em: HI-FI CLUBE Gentilmente cedido por: José Victor Henriques.

SOB ESCUTA

terça-feira, novembro 09, 2004

Denon

DENON PROMETE HOLLYWOOD QUALITY VIDEO A PARTIR DE DVD O topo de gama DVD-A1XV (DVD-5910 nos EUA), que a Denon vai apresentar na CES 2005, será o primeiro no mundo a utilizar o fabuloso «chip» Realta da Silicon Optix. Ver em:Hi-Fi Clube

sexta-feira, novembro 05, 2004

AUDIÇÃO PROLOGUE ONE

PRIMALUNA PROLOGUE ONE: O SOL QUANDO NASCE... ( PARTE 1) PrimaLuna é uma pequena empresa holandesa que democratizou o highend. Ao produzir o amplificador integrado Prologue One, colocou o som das válvulas ao alcance de (quase) todos. Audição no http://hificlube.net Gentilmente cedido por: JVH (José Victor Henriques)

THE DREAM REMOTE

The Dream Remote (Remote control has buttons on it for “wake up”; “brush your teeth”; “take a shower”; “make your bed”; “comb your hair”; “change that awful shirt”; “call grandma”; “set table”; “take out garbage”; “write thank-you note”; “turn that music off”; “do homework”; “clean room”; “eat vegetable”; “put that down”; “pick that up”; “leave that alone”; “stop picking on your brother or sister”; “deal with the dog—he’s your responsibility”; “go to bed.”)

SOB ESCUTA

quarta-feira, novembro 03, 2004

PRIMALUNA PROLOGUE TWO

Descrição: O novo amplificador integrado stereo a válvulas (40 Watts por canal) PrimaLuna Prologue TWO é uma versão mais poderosa do PrimaLuna Prologue ONE. A diferença está nas válvulas de amplificação utilizadas - em vez das EL-34 o Prologue TWO utiliza as KT-88 que lhe conferem mais potência e a personalidade característica destas válvulas. Características: AutoBias Adaptativo e Placa de protecção com fusível (opcional) Circuito díodo super rápido. Condensadore de alta qualidade. Válvulas: (2) 12AX7 + (2) 12AU7 + (4) KT-88; Entradas: (1) Tuner, (1) CD, (1) Aux 1, (1) Aux 2 Impedância: 4 e 8 ohms; Potência: 40 watts RMS por canal; Resposta em frequência: 20Hz - 30kHz (+/- 0.5dB); THD c/AutoBias instalado: Para mais informações: imacustica

CHARLIE PARKER

"Don't play the saxophone. Let it play you" – Charlie Parker. “Cresci com um enorme retrato de Charlie Parker no quarto. Julgo que para um miúdo que resumia toda a sua ambição em tornar-se escritor Charlie Parker era de facto a companhia ideal. Esse pobre, sublime, miserável, genial drogado que passou a vida a matar-se e morreu de juventude como outros de velhice continua a encarnar para mim aquela frase da Arte poética de Horácio que resume o que deve ser qualquer livro ou pintura ou sinfonia ou o que seja: uma bela desordem precedida do furor poético diz ele é o fundamento da ode. Sempre que me falam de palavras e influências rio-me um pouco por dentro: quem me ajudou de facto a amadurecer o meu trabalho foram os músicos. A minha estrada de Damasco ocorreu há cerca de dez anos, diante de um aparelho de televisão onde um ornitólogo inglês explicava o canto dos pássaros. Tornava-o não sei quantas vezes mais lento, decompunha-o e provava, comparando com obras de Haendel e Mozart, a sua estrutura sinfónica. No fim do programa eu tinha compreendido o que devia fazer: utilizar as personagens como os diversos instrumentos de uma orquestra e transformar o romance numa partitura. Beethoven, Brahms e Mahler serviram-me de modelo para A ordem natural das coisas, A morte de Carlos Gardel e O manual dos inquisidores, até me achar capaz de compor por conta própria juntando o que aprendi com os saxofonistas de jazz, principalmente Charlie Parker, Lester Young e Ben Webster, o Ben Webster da fase final, de Atmosfera para amantes e ladrões, onde se entende mais sobre metáforas directas e retenção de informação do que em qualquer breviário de técnica literária. Lester Young, esse, ensinou-me a frasear. Era um homem que começou por tocar bateria. Um crítico perguntou-lhe qual o motivo que o levava a mudar da bateria para um instrumento de sopro e ele explicou: “Sabe, a bateria é uma coisa horrivelmente complicada. No fim dos concertos, quando acabava de desarmá-la, já todos os colegas se tinham ido embora com as raparigas mais bonitas”. O facto de desejar ter também raparigas bonitas levou-o, entre outras obras-primas, a These foolish things onde cada nota parece o último suspiro de um anjo iluminado. A fotografia que dele tenho mostra um homem sentado na borda da cama de um quarto de hotel com um sax tenor ao lado. Magro e envelhecido fita-nos através dos anos com os olhos mais doces e tristes que já vi. Usa uma gravata torta e um casaco amassado, e poucas pessoas estiveram decerto tão perto de Deus quanto esse vagabundo celeste. Ben Webster, por seu turno, assemelhava-se a um lojista gordo que uma auréola invisível mas óbvia transfigurava. Estas três criaturas sentavam-se à direita do Pai e espanta-me não as encontrar nos altares das igrejas. Talvez que não exista lugar, em céus de mármore e gesso, para alcoólicos promíscuos e pecadores sem remédio. Talvez haja pessoas que se sintam melhor na companhia de criaturas edificantes que não edificaram nada a não ser vidas sem alegria rematadas por agonias virtuosas em odores de açucena. Como penso que Deus não é parvo estou certo que lhe daria comichão tanta bondade melancólica e tanta estreiteza sem mérito. Aposto mesmo que toca bateria a fim de deixar para os outros as raparigas mais bonitas, e ficar a arrumar discretamente tudo aquilo, tambores e pratos, enquanto Charlie Parker, Lester Young e Ben Webster levam em paz o gin, a marijuana e as miúdas jeitosas para um estúdio de gravação onde Billie Holliday principiou agora mesmo a cantar o seu poder e a sua glória até ao fim dos tempos” - António Lobo Antunes, Segundo livro de crónicas.