terça-feira, setembro 27, 2005

It's not an iPod.

"It's not an iPod. It's a ROKR." That's what Motorola's tech support line told us when we started complaining that the first iTunes phone doesn't live up to the iHype. The Motorola ROKR E1 is the first phone with iTunes, able to sync music easily with PCs and Macs, and play songs bought from Apple's music store. But the phone is full of little limitations, quirks and glitches that make it of less than Apple-like quality.Link:

sábado, setembro 24, 2005

Charlie Parker.

Don't play the saxophone. Let it play you" – Charlie Parker. “Cresci com um enorme retrato de Charlie Parker no quarto. Julgo que para um miúdo que resumia toda a sua ambição em tornar-se escritor Charlie Parker era de facto a companhia ideal. Esse pobre, sublime, miserável, genial drogado que passou a vida a matar-se e morreu de juventude como outros de velhice continua a encarnar para mim aquela frase da Arte poética de Horácio que resume o que deve ser qualquer livro ou pintura ou sinfonia ou o que seja: uma bela desordem precedida do furor poético diz ele é o fundamento da ode. Sempre que me falam de palavras e influências rio-me um pouco por dentro: quem me ajudou de facto a amadurecer o meu trabalho foram os músicos. A minha estrada de Damasco ocorreu há cerca de dez anos, diante de um aparelho de televisão onde um ornitólogo inglês explicava o canto dos pássaros. Tornava-o não sei quantas vezes mais lento, decompunha-o e provava, comparando com obras de Haendel e Mozart, a sua estrutura sinfónica. No fim do programa eu tinha compreendido o que devia fazer: utilizar as personagens como os diversos instrumentos de uma orquestra e transformar o romance numa partitura. Beethoven, Brahms e Mahler serviram-me de modelo para A ordem natural das coisas, A morte de Carlos Gardel e O manual dos inquisidores, até me achar capaz de compor por conta própria juntando o que aprendi com os saxofonistas de jazz, principalmente Charlie Parker, Lester Young e Ben Webster, o Ben Webster da fase final, de Atmosfera para amantes e ladrões, onde se entende mais sobre metáforas directas e retenção de informação do que em qualquer breviário de técnica literária. Lester Young, esse, ensinou-me a frasear. Era um homem que começou por tocar bateria. Um crítico perguntou-lhe qual o motivo que o levava a mudar da bateria para um instrumento de sopro e ele explicou: “Sabe, a bateria é uma coisa horrivelmente complicada. No fim dos concertos, quando acabava de desarmá-la, já todos os colegas se tinham ido embora com as raparigas mais bonitas”. O facto de desejar ter também raparigas bonitas levou-o, entre outras obras-primas, a These foolish things onde cada nota parece o último suspiro de um anjo iluminado. A fotografia que dele tenho mostra um homem sentado na borda da cama de um quarto de hotel com um sax tenor ao lado. Magro e envelhecido fita-nos através dos anos com os olhos mais doces e tristes que já vi. Usa uma gravata torta e um casaco amassado, e poucas pessoas estiveram decerto tão perto de Deus quanto esse vagabundo celeste. Ben Webster, por seu turno, assemelhava-se a um lojista gordo que uma auréola invisível mas óbvia transfigurava. Estas três criaturas sentavam-se à direita do Pai e espanta-me não as encontrar nos altares das igrejas. Talvez que não exista lugar, em céus de mármore e gesso, para alcoólicos promíscuos e pecadores sem remédio. Talvez haja pessoas que se sintam melhor na companhia de criaturas edificantes que não edificaram nada a não ser vidas sem alegria rematadas por agonias virtuosas em odores de açucena. Como penso que Deus não é parvo estou certo que lhe daria comichão tanta bondade melancólica e tanta estreiteza sem mérito. Aposto mesmo que toca bateria a fim de deixar para os outros as raparigas mais bonitas, e ficar a arrumar discretamente tudo aquilo, tambores e pratos, enquanto Charlie Parker, Lester Young e Ben Webster levam em paz o gin, a marijuana e as miúdas jeitosas para um estúdio de gravação onde Billie Holliday principiou agora mesmo a cantar o seu poder e a sua glória até ao fim dos tempos” - António Lobo Antunes, Segundo livro de crónicas.

BRINQUEDOS NO SOTÃO

BRINQUEDOS NO SOTÃO Quem não tem guardados no sotão brinquedos da memória? Reencontrá-los, quando os julgávamos perdidos para sempre, é rever em câmara lenta o filme demasiado rápido da nossa vida...HiFi-Clube.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Epson P-2000 and P-4000

If you’ve been dying to find a place to store your digital images, look no further. The Epson P-4000 Multimedia not only gives you “80 GB hard disk drive, so it can double up as a portable storage unit for any PC or Mac files,” but also gives you the power to carry all your photos with you wherever you go. “Whether you are indoors or outdoors, you’ll be able to enjoy viewing your photos from the Epson P-4000.” But larger capacity isn’t everything, they say. “As well as the increased storage capacity, Epson P4000 adds a slightly more powerful 2600 mAh battery and support for MPEG 4 files and MP3 / AAC files up to 320 kbps.” And along with USB 2.0, it also “can accept Type II CF and SD memory cards.” Just like it’s predecessor the P-2000, it “provides support for digital camera and camcorder movies and music files. You can add music files to your slide shows for a fun and lively presentation of your images.” Always nice to have with you. But one of the nicest things about this new photo viewer is it’s size. It “measures 147x31.4x84mm and weighs approximately 415 grams.” So if you’ve been dying for a portable image storage device, the P-4000 is your ticket. Just think of the fun you can have.Link:

quinta-feira, setembro 22, 2005

Ascent

Bernardo Sassetti Trio 2 Todos sabem (ou imaginam) que o desafio de comunicar, a espontaneidade, a harmonia, o conflito de sons e ideias, assim como a energia sob várias formas e feitios, serão sempre lugares comuns quando falamos de música, escrita ou improvisada. Interpretá-la no momento é a expressão máxima do nosso caminho e a constante procura de caminhos outros. Eu gosto de pensar que talvez seja a vontade de olhar para dentro e, do silêncio interior, dar sequência a algumas (possíveis) imagens da nossa memória e, ao mesmo tempo, do preciso momento em que o som e a ideia são lançados; mas o maior desafio de todos é, para mim, a incerteza na procura de outros lugares, indefinidos e muito longe daquele onde vivemos – quando deixamos para trás os nossos instrumentos. Muitas vezes, penso em música como uma forma de desconstrução, e consequente construção, do discurso musical, e também como representação de imagens abstractas, presentes na consciência imediata. Estas ganham ainda maior dimensão quando, em conjunto com outros músicos, surgem como “movimentos” dramáticos, objectivos mas também indefinidos, das “histórias” que nos propomos contar. Música, essa questão cada vez mais sem limites. Talvez seja o reflexo da nossa vida; talvez seja a realidade juntamente com o universo dos sentidos. Porém, mais do que a própria realidade, este é o espelho das coisas que dela imaginamos. Do silêncio e de regresso a ele, as imagens (em forma de música) terão sempre um carácter abstracto, suspenso, inacabado... Ascent é dedicado a José Álvaro Morais, cineasta com que trabalhei no seu último filme, Quaresma. Foi ele que me indicou o caminho do silêncio e a sua importância na arte. Bernardo Sassetti Programa Do Silêncio Revelação El testament d’Amèlia Ascent De um instante a outro Como quem diz Reflexos, mov. Contrário Um dia, através do vidro (Parte I; Parte II) Outro lugar Naquele tempo (In)diferente Da noite Todas as composições são da autoria de Bernardo Sassetti, excepto El testament d’Amèlia – de inspiração popular catalã, adaptado por Federico Mompou. Como quem diz é baseado em Cantiga do campo – de inspiração popular portuguesa, adaptada por António Fragoso. Do silêncio, Revelação e Naquele tempo fazem parte da partitura original para o filme A costa dos Murmúrios (2004), de Margarida Cardoso. Todos os arranjos são da autoria de Bernardo Sassetti. -------------------------------------------------------------------------------- Violoncelo Adja Zupancic Piano Bernardo Sassetti Vibrafone Jean-François Lezé Contrabaixo Carlos Barretto Bateria Alexandre Frazão Apresentação oficial do novo disco de Bernardo Sassetti, Ascent “Music, that increasingly limitless matter. Maybe it is the reflection of our life; maybe it is reality together with the realm of the senses. However, more than reality itself, this is the true mirror of the things we imagine it to be. From within silence and back, the images (in the form of music) will always have an abstract, suspended, unfinished quality... Ascent is dedicated to filmmaker José Álvaro Morais, with whom I worked in his latest film, Quaresma. He taught me the ways of silence and its importance in art”. Bernardo Sassetti This concert marks the official presentation of Ascent, the newest album by Portuguese pianist Bernardo Sassetti.Fonte:

terça-feira, setembro 20, 2005

Brokeback Mountain

Brokeback Mountain foi o melhor filme do festival de Veneza. O trailer do novo filme de Ang Lee pode ser visto aqui.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Samsung Blu-Ray

Samsung Blu-Ray Media Monster READ MORE: Blu-Ray, Home Entertainment, Samsung, home Samsung has recently announced what seems to be a humongous Blu-Ray compatible machine with — check this — a 400GB hard drive. And if that’s not enough to get you drooling, it’ll also apparently have wireless 802.11G for all that lovely video streaming you’re likely to do over the home network. We wish we could give you more details, but sadly that’s all we could glean from the Korean press release. Meantime, there’s this lovely picture for you above. Pay no mind to the phallic-looking antenna the girl is holding.

terça-feira, setembro 13, 2005

Mark Levinson

Mark Levinson (yep the same folks that provide the audio system in your Lexus) showed off the No51 Media Player at CEDIA. The company considers this product a milestone, as it is the first ever Mark Levinson-branded DVD/CD player. It doesn’t play DVD-Audio or SACDs, which means this is similar to the DVD players that first entered the market all those years ago, except, you know, better. Why? Because the player has every output you can imagine (6 channel analog, XLR analog, AES/EBU digital, component, HDMI, etc.) and it looks glossy and fancy. The remote control is even cast-aluminum.

quarta-feira, setembro 07, 2005

PRÉMIOS EISA 2005/2006

VIVID AUDIO, ORACLE; BW; AUDIO ANALOGUE ENIGMA; LISTA INTEGRAL DOS PRÉMIOS EISA 2005/6 Ajasom importa as colunas Vivid Audio. A AudioElite acabou de assegurar a representação da Oracle. BW apresenta novas colunas de encastrar de alta performance Audio Analogue anuncia um novo modelo de tudo-em-um com recurso a válvulas LISTA INTEGRAL PRÉMIOS EISA 2005/2006 .... (HiFi-Clube)

sábado, setembro 03, 2005

Intel to AMD - Shut up, stupid!

Intel to AMD - Shut up, stupid! Image Hosted by ImageShack.us READ MORE: AMD, Intel, PCs AMD ran a full page ad asking Intel to bring it and throw down its dual-core speed benchmarks. The result? Intel said “No way. You’re dumb” and went home. This kind of posturing, while common among monkeys and cheerleading squads, is wonderful to see among the high and mighty in the chip world. Quite clearly AMD is cleaning the floor in dual core right now and Intel knows it. Intel is going to go back to it’s dual core dojo and do more kata until it’s ready to fight.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Mísia - Drama Box

Apreciação final: 8/10 Edição: Virgin, Junho 2005 Género: Fado/Étnica Sítio Oficial: www.misia-online.com
A fadista portuense Mísia está de volta aos discos e, desta vez, apresenta uma colecção de canções que dedica à sua mãe e que reportam aos estímulos musicais que esta lhe ofereceu durante a infância. Drama Box não é um disco puro de fados, explora também os contextos musicais da escola de bailado clássico da mãe da cantora, destapando os encantos da América Meridional, dos boleros e dos tangos, aqui vizinhos do fado português. A conexão sentimental dos vários géneros é o garante da solidez do disco, onde o fado resulta como cicerone principal de uma caminhada sentida pelos labirintos do amor e da saudade. A voz enternecedora de Mísia alude com paixão às recordações de amores perdidos, desatando nas letras de um poema (Vasco Graça Moura, Rosa Lobato de Faria, Paulo José Miranda, José Luis Peixoto, José Saramago e Natália Correira figuram entre os autores) os enigmas de cicatrizes da alma que se expõem com crueza e se purgam na alvura da música. O imaginário poético de Drama Box - sublinhado pela declamação do poema "Fogo Preso" de Graça Moura nas vozes das actrizes Fanny Ardant, Maria de Medeiros, Carmen Maura, Miranda Richardson e da cantora Ute Lemper - é pontuado pela alma lusitana, seguindo o embalo dos timbres melancólicos do fado e da sensualidade e vigor dos tangos e dos boleros que, interpretados em castelhano, mantêm o acento tónico nos desencontros amorosos, na solidão, no sentir da perda. Drama Box é uma arca de sentimentos e afectos, um depósito de fragmentos autênticos da existência humana que se assemelham a retratos de uma dramaturgia musical de que Mísia é tradutora maior e personificação última. Ao mesmo tempo, é um roteiro musical do coração do fado lisboeta, passando pela Rambla de Barcelona e pelo obelisco de Buenos Aires...pela mão das composições de Mário Pacheco e de Piazzolla. Drama Box é um álbum de sentimentos radicais e que Vasco Graça Moura nos convida a visitar com estas palavras: Quando se ateia em nós um fogo preso o corpo a corpo em que ele vai girando faz o meu corpo arder no teu, aceso e nos calcina e assim nos vai matando essa luz repentina até perder alento e então é quando a sombra se ilumina e é tudo esquecimento tão violento e brando sacode a luz o nosso ser surpreso e devastados, nós, vamos a seu mando nessa prisão o mundo perde o peso e em fogo preso, à noite, as chamas vão pairando e vão-se libertando fogo e contentamento a revoar num bando de beijos tão sem tento que não sabemos quando são fogo ou água ou vento a revoar num bando de beijos tão sem tento que perdem o comando do próprio esquecimento. in "Fogo Preso", Vasco Graça Moura



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