segunda-feira, agosto 29, 2005
PODCAST Nacional
Os pioneiros do «PODCAST» nacional são «Blitzkrieg Bop», «Radiologia», «O Armário das Calças» e «Mixomatose».
Segundo divulga a organização «o PODCAST é basicamente uma nova forma de transmissão e consumo de conteúdos áudio e permite a selecção dos conteúdos pretendidos e o download directo para os computadores e, daí, para os leitores digitais».
Podcast
Nova moda digital Podcast anuncia o fim da "tirania" da rádio hertziana
Autor e apresentador do "podcast" nacional Blitzkriegbop Duarte Velez Grilo
Manuel Molinos
>> BLOGS de rádio Ganham voz e ouvem-se nos leitores de mp3
É a última novidade ao nível dos conteúdos digitais. Chama-se Pod-cast e é uma espécie de 'blog' com som, seguindo o formato da rádio. Ouve-se nos iPods mas também em qualquer leitor de mp3. Nos EUA, já são escutados por seis milhões de pessoas. Em Portugal estão ainda a chegar. Bem-vindos à nova revolução do áudio. Um podcast (o nome é a junção do leitor da Apple iPod mais 'broadcast') é basicamente um programa de som pré-gravado que, depois de ser alojado na Internet, pode ser transferido para qualquer computador pessoal ou leitor de mp3 (ficheiro informático de som comprimido). São amadores, grátis, portáteis e, sobretudo, gozam de uma criatividade sem limites e sem imposições comerciais. À semelhança dos blogs (diários pessoais na internet), os Podcasts abordam inúmeros conceitos que passam pela música, tecnologia e vão até às receitas culinárias. "É um formato que, apesar de nenhuma da tecnologia que usa ser realmente nova, traz um conceito inovador. Permite que todas as vantagens que conhecemos dos 'blogs' se tornem realmente portáteis. Introduz também o conceito de que qualquer podcaster (o criador de um Podcast) toque música no seu programa sem pagar nada e principalmente sem medo de represálias por parte dos artistas ou editoras", refere, ao JN, Duarte Grilo, um trabalhador/estudante de 25 anos e o primeiro podcaster português (ver mini-entrevista). Esta nova forma de transmitir conteúdos está igualmente a despertar a atenção das empresas quer do ramo da comunicação social quer do ramo da publicidade. A empresa de marketing Forrester prevê que, em 2010, 12,3 milhões de pessoas usarão leitores digitais para ouvir podcasts. Daí que a mina de ouro comercial comece a ser descoberta. Grandes rádios, como a britânica BBC, têm disponibilizado os seus programas em podcast e o grupo Infinity, da Viacom, transformou uma emissora de rádio de São Francisco, que dava pouca audiência, numa rádio que só transmite podcasts. Grandes empresas já descobriram também o poder deste formato e os anunciantes estão a investir. A cervejeira Heineken, por exemplo, lançou um podcast musical. Para já, a maior parte dos podcast são realizados por indivíduos com alguns conhecimentos em informática, uma vez que, para o utilizador comum, não é muito fácil produzir um programa. No entanto, à semelhança do que sucedeu com os 'blogs', é muito provável que em pouco tempo surjam aplicações on-line muito intuitivas para os produzir. Já ouvi-los é bastante acessível, bastando instalar um dos vários programas disponíveis na net para o efeito.
"Os ouvintes já se fartaram dos programas matinais"
Como descobriu e o que o levou a criar um Podcast?
Só descobri os podcasts em geral quando comecei a pensar em comprar um iPod e a pesquisar na internet. Criei o podcast Blitzkriegbop principalmente por um gosto pessoal que tenho pela rádio e música em geral, mas também devido a uma certa curiosidade em descobrir novos talentos musicais e dá-los a conhecer.
É um regresso às origens da rádio. Não há nada institucionalizado. Que critérios usa para fazer os programas?
Faço o que gosto. Caso contrário, perdia-se, na minha opinião, um pouco da mística. Descrevo o meu podcast como "o podcast sobre tudo". Num mesmo programa pode falar-se de política, música, actrizes porno, ou, simplesmente, ser um programa temático, como, por exemplo, sobre blues, salsa, etc. Mas peço sempre sugestões dos ouvintes. Faço um programa que tem como objectivo, em primeiro lugar, entreter.
Depois tento captar a atenção do ouvinte com aquilo a que não está habituado a escutar em rádio ditas "normais", começando com a música raramente ouvida noutros sítios. Quem é o público do Blitzkriegbop ?
Além dos amigos e conhecidos, julgo que muitas pessoas já se fartaram dos programas de rádio matinais que ouvem no caminho para o trabalho. Espero também que quem ouça pense seriamente em fazer o seu próprio podcast. Recentemente falei com um ouvinte que não conhecia de lado nenhum, ficando com a sensação que não estou a fazer isto apenas para o "pessoal do costume".
Em que suportes divulga o programa?
Além de ter a página www.blitzkriegbop.net, estou inscrito nas principais directorias de podcasts.
Divulgueio-o em alguns fóruns que frequento e, claro, principalmente junto de amigos e conhecidos.
sexta-feira, agosto 26, 2005
30 Anos, 30 Discos
30 Anos, 30 Discos (1975-2005)
A revista Jazz.pt inaugurou neste último número uma rúbrica que consiste em pedir a um músico para escolher os trinta discos mais importantes dos últimos trinta anos. Não resistindo à tentação, tratei também de elaborar uma lista com trinta álbuns favoritos editados desde 1975. No entanto o critério para as escolhas não foram tanto a "importância", mas mais antes a "paixão", pelo que esta é uma lista incompleta, com a certeza de não ser de concordância geral, mas pessoalíssima. 30 discos.
Alexander Von Schlippenbach - The Morlocks and Other Pieces (FMP, 1994)
Anthony Braxton - Six Monk's Compositions (1987) (Black Saint, 1987)
Bill Evans - You Must Believe In Spring (Warner, 1977)
Bobby Hutcherson - Montara (Blue Note, 1975)
Brad Mehldau - Elegiac Cycle (Warner, 1999)
Chicago Underground Trio - Slon (Thrill Jockey, 2004)
Dave Douglas - The Infinite (RCA, 2002)
Derek Bailey, George Lewis & John Zorn - Yankees (Charly, 1982)
Don Cherry - Brown Rice (A&M, 1975)
Donald Byrd - Thank You... for F.U.M.L. (Elektra, 1978)
Ellery Eskelin - Ten (Hatology, 2004)
Esbjörn Svensson Trio - Viaticum (Act, 2005)
Jaco Pastorius - Jaco Pastorius (Epic, 1976)
Jan Garbarek & Ustad Fateh Ali Khan - Ragas and Sagas (ECM, 1992)
Joachim Kühn - Famous Melodies (Label Bleu, 1993)
John Zorn, George Lewis & Bill Frisell - News for Lulu (Hat, 1988)
Keith Jarrett - The Köln Concert (ECM, 1975)
Mat Maneri & Joe McPhee Quartet - Sustain (ECM, 2002)
Miles Davis - Agharta (Columbia, 1975)
Ornette Coleman - Dancing In Your Head (A&M, 1976)
Pat Metheny & Ornette Coleman - Song X (Geffen, 1986)
Peter Brötzmann, Misha Mengelberg & Han Bennink - 3 Points and a Mountain... Plus (FMP, 1979)
Raphe Malik Quartet - Looking East: A Suite In Three Parts (Boxholder, 2001)
Spring Heel Jack - Live (Thirsty Ear, 2003)
The Bad Plus - These Are The Vistas (Columbia, 2003)
The Cinematic Orchestra - Motion (Ninja Tune, 1999)
Thomas Chapin Trio & Brass - Insomnia (Knitting Factory, 1992)
Vandermark 5 - Free Jazz Classics, Vol. 1 & 2 (Atavistic, 2002)
Weather Report - Heavy Weather (Columbia, 1977)
World Saxophone Quartet - Live at B.A.M. (Black Saint, 1986)
Fonte:A Forma do Jazz
terça-feira, agosto 23, 2005
A Vanessa de Variações
A Vanessa de Variações existe
Marta Vitorino
'Lembro-me da minha mãe dizer que o António Variações era muito querido e que engraçava muito comigo', revela Vanessa
Amália não foi a única musa de António Variações. A Vidas revela-lhe a história de Vanessa, a filha da célebre Maria Albertina que o músico refere na canção homónima.Correio da Manhã
domingo, agosto 21, 2005
SACD VS CD
DESCUBRA AS DIFERENÇAS: SACD VS CD
Há mais coisas entre SACd e CD do que a nossa imaginação alcança
Há cerca de um mês, lancei um desafio a Vanda de Sá (Expresso/Actual) a propósito da sua análise de um SACD de Alfred Brendel: o de revelar qual o sistema multicanal que utilizou para reproduzir o disco que lhe permitiu ser tão categórica na sua preferência pelo modo estéreo. Não respondeu. Seria, aliás, interessante escrever uma série de artigos sobre os sistemas de som dos críticos de música nacionais. Alguns há que não vão além do “discman” , ou fazem o trabalho de casa no... carro, a caminho do jornal, no meio de buzinadelas. Neste contexto, o simples facto de Vanda de Sá ter analisado o SACD referido também na versão multicanal tem tanto de notável como é digno de louvar pela ousadia. De uma maneira geral, os críticos de música não se dão sequer à maçada de explorar os aspectos técnicos dos discos. E não são só os críticos nacionais. (Hi-Fi Clube)
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